
Alguns dos exemplares das “Jóias da Índia” que se encontram em catalogaçãp final
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) continua com a inventariação e classificação das chamadas “Jóias da Índia”. As jóias encontravam-se nos últimos 14 caixotes que foram abertos em Dezembro de 2011. As “Jóias da Índia” estavam depositadas na dependência do então Banco Nacional Ultramarino (BNU,) em Goa, e foram trazidas para Lisboa em 1961.
As chamadas “Jóias da Índia”, que estavam depositadas na dependência do então Banco Nacional Ultramarino (BNU) em Goa e que se encontram presentemente na Caixa Geral de Depósitos (CGD) em Lisboa, continuam a ser inventariadas e classificadas para que se possa identificar o seu destino e se possa proceder à sua entrega ao Estado Português. O início destes trabalhos deu-se em Dezembro de 2011 através de uma cerimónia de abertura dos últimos 14 caixotes contendo essas jóias.

Foto de 1868 do edifício onde o Banco Nacional Ultramarino (BNU) instalou a primeira agência na Índia Portuguesa, em Nova Goa (atual Panjim). Posteriormente o BNU abriu dependências em Margão, Vasco da Gama, Mapuçá e Damão. Foto da coleção de Rito Pereira
As notícias e movimentações militares indianas, em Dezembro de 1961, levaram Jorge Esteves Anastácio, gerente geral de BNU em Goa, a prever a eminente invasão pela Índia, dos territórios portugueses da Índia. Tomou então o navio português ‘Índia’, em escala em Goa, vindo de Timor e em direção a Lisboa, trazendo consigo os bens depositados no Banco por entidades públicas da antiga colónia portuguesa na Índia, as chamadas “Jóias da Índia” como ficou conhecido este espólio de alto valor. Alguns dos objectos foram reclamados e entregues aos herdeiros dos donos, ao longo dos anos. Outros, como dezenas de caixotes contendo 230.000 moedas de rupias em prata (que legalmente pertenciam ao BNU), foram comercializados posteriormente através do site de numismática da CGD. Devido à sua raridade tiveram grande procura em Portugal e também por coleccionadores estrangeiros. Em 2009 a maior parte das moedas que restavam foram derretidas e transformadas em barras.
Mas sobraram 14 caixas contendo barras de ouro e acessórios de valor como brincos e pulseiras, cujo conteúdo está agora em catalogação. Segundo informações da CGD, as Joias da Índia estiveram num cofre da casa forte, do ex-BNU, na Rua Augusta, em Lisboa até 2010, altura em que, com a passagem deste edifício para a Câmara Municipal de Lisboa, foram transferidos para a casa forte do edifício-sede da CGD também em Lisboa, onde ainda se encontram.
After about 44 years, about 1,800 Goan families got their family jewels during the early return of these «gold ornaments». The procedure honours the portuguese bank!
It is good to remember that was Eduardo Faleiro that in his capacity as minister of the Indian Union in 1986 started to negotiate with Portugal the return of gold ornaments.
Diz o artigo que 230.000 moedas de rupias em prata foram comercializadas pela CGD. Eram essas TODAS as moedas em prata que existiam então em Goa? E senão o que é feito das outras? A.M. de Guarda
Who did the melted 230.000 silver coins belong to? What was their character, i.e. what did they feature on the obverse and reverse? Were they from or the deposits made by Goans as their savings into the BNU, Goa of that time? Are the gold ornaments now being ‘catalogued ‘orphans’? Have efforts been made to trace their owners beyond the 1.800 families who got their ornaments back?