Protocolo de colaboração

Protocolo de colaboração científica entre a Sociedade Lusófona de Goa e a Academia das Ciências de Lisboa

Da esq.: Aurobindo Xavier, Presidente da Sociedade Lusófona de Goa, Ana Salgado coordenadora do Dicionário da Academia e Artur Anselmo, Presidente da Academia das Ciências de Lisboa.

A Sociedade Lusófona de Goa (LSG), Índia, acaba de assinar um memorando de entendimento com a Academia das Ciências de Lisboa (ACL). O memorando visa estreitar as relações de cooperação e intercâmbio entre as duas instituições.
Uma das primeiras atividades definidas no âmbito do memorando é a recolha e definição, em exclusivo pela LSG, de termos do vocabulário português usado quotidianamente em Goa. A nomenclatura e respetivas definições serão incluídas no Dicionário da Academia que já está em preparação. Esta edição pretende ser um dicionário de referência no universo da lusofonia, com vista à representação global da língua portuguesa, explicou Ana Salgado, coordenadora do dicionário.
No ato da assinatura, que teve lugar na Academia das Ciências de Lisboa, o Presidente da Academia Artur Anselmo salientou a importância de Goa para a Academia tanto no passado como no presente, sublinhando que já em 1911 o eminente goês Sebastião Rodolfo Dalgado foi eleito sócio correspondente da Academia e seu membro em 1922. Sebastião Dalgado nasceu em Assagão, Goa, em 1855 e faleceu em Lisboa em 1922 e distinguiu-se como linguista e etimologista no estudo da influência do português nas línguas do sueste asiático e é considerado um dos pioneiros da defesa da língua concani, a língua vernácula de Goa.
Por sua vez Aurobindo Xavier, presidente da Sociedade Lusófona de Goa, exprimiu no ato da assinatura o empenho da sociedade em aprofundar os laços com todos os países lusófonos e referiu que o eminente intelectual e político português Joaquim Heliodoro da Cunha Rivara, eleito em 1855 sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa, destacou-se como defensor da língua concani. Cunha Rivara nasceu em 1809 em Arraiolos e faleceu em 1879 em Évora. Viveu em Goa durante 22 anos onde realizou um excelente trabalho no aperfeiçoamento dos serviços administrativos, da instrução pública e da educação popular.

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