A empresa indiana Primus Agri Projects Private Limited está a investir 3 milhões de dólares na província de Nampula, para a produção de feijão-da-china e sementes de sésamo e o grupo indiano Jindal Steel Power Limited, pretende investir, ao norte do distrito de Changara, em Tete, 180 milhões de dólares na produção de carvão. Por outro lado BPRL Ventures Mozambique B.V. e a Videocon Mozambique Rovuma Ltd., ambas da Índia, fazem parte do Grupo Anadarko Moçambique Area 1 no setor de exploração de gás natural na província de Cabo Delgado.
(LSG – Lusophone Society of Goa, 5.2.2013). Algumas empresas indianas estão a realizar fortes investimentos em Moçambique no setor da agricultura, mineração e gás natural. Assim, segundo o jornal moçambicano “Notícias de Maputo” a empresa indiana Primus Agri Projects Private Limited está a investir 3 milhões de dólares na província de Nampula, para a produção de feijão-da-china (“Vigna Radiata”) e sementes de sésamo. A empresa indiana pretendia explorar uma área de 300 ha, mas o governo da província de Nampula decidiu permitir a ocupação de apenas 170 ha, outrora pertencentes à Empresa de Algodão de Nampula.
Também segundo o “Notícias de Maputo” o grupo indiano Jindal Steel Power Limited, pretende investir ao norte do distrito de Changara, em Tete, 180 milhões de dólares na produção de 2,68 milhões de toneladas de carvão de coque para a exportação e 3,9 milhões de toneladas de carvão térmico para os mercados interno e externo.
Também no setor do gás natural encontram-se envolvidos investimentos indianos. Um consórcio em partes iguais constituído pelos grupos Fluor Corp e JGC Corp foi contratado pela Anadarko Moçambique Area 1 Limitada para a elaboração do projecto de uma unidade de processamento de gás natural em Moçambique, segundo comunicado do grupo Fluor Corp. A unidade será construída na província de Cabo Delgado, 2000 quilómetros a norte da capital de Moçambique, Maputo. De acordo com o comunicado, o contrato estipula que a unidade de processamento disporá de quatro módulos, cada um capaz de processar 5 milhões de toneladas por ano de gás natural liquefeito ou 20 milhões de toneladas/ano, e contemplará a possível expansão para 50 milhões de toneladas de gás por ano.
O bloco Área 1 é operado pela Anadarko Moçambique Area 1, com uma participação de 36,5%, Mitsui E&P Mozambique Area 1, Ltd. (20%), a estatal moçambicana Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (15%), BPRL Ventures Mozambique B.V. (10%), Videocon Mozambique Rovuma Ltd. (10%), ambas da Índia e o grupo estatal da Tailândia PTT Exploration & Production (8,5%).