Índia-África Lusófona

Governo indiano prioriza parceria com Moçambique

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Numa entrevista concedida  ao jornal moçambicano “Notícias” o Alto-Comissário cessante da Índia em Moçambique Rajeev Kumar disse que o Governo  indiano considera Moçambique um dos parceiros prioritários na sua cooperação com os países africanos.
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Atualmente, os investimentos indianos em Moçambique são superiores a 7.5 biliões de dólares norte americanos, representando cerca de 25 por cento do total investido pelo país asiático em África. Rajeev Kumar justifica este montante, com “a forte contribuição das empresas OVL, BPCL e OIL India, integrantes da concessionária que está a explorar hidrocarbonetos, sobretudo o gás natural na área I do Rovuma”. “É um compromisso de investimento importante, porque irá permitir o crescimento futuro de Moçambique. Temos também empresas como a ICVL, JSW c TATA Steel envolvidas no sector do carvão mineral, entre outras que estão a criar empregos e a trazer divisas, através das exportações, ajudando, consequentemente, o crescimento de Moçambique.
O investimento da Godrej, através da Weave Mozambique Lda, por trás da marca Darling, já criou, outrossim, mais de três mil empregos para os moçambicanos. A fonte destacou também a abertura do seu país para que empresários moçambicanos explorarem oportunidades de investimentos na Índia.
“As condições estão criadas. Por exemplo, quase todos os produtos de Moçambique podem ser exportados para a Índia livres de impostos, no âmbito de um acordo de preferência comercial existente entre os dois países. Os vistos de negócios e de trabalho para a Índia também são gratuitos”, afirmou.
Em relação ao futuro da cooperação bilateral, o diplomata explicou que a mesma será orientada pelos princípios que norteiam a cooperação Índia-África.
“A África e Moçambique, em particular, estarão no topo das nossas prioridades, intensificando e aprofundando o nosso compromisso com o continente. A nossa parceria de desenvolvimento será guiada pelas prioridades dos países africanos como Moçambique, construindo capacidade local e criando oportunidades locais quanto possível. Manteremos os nossos mercados abertos e tornaremos mais fácil e atraente o comércio com a Índia, incentivando a nossa indústria para investir aqui”, frisou.
Leia a entrevista na íntegra aqui

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